Uso de plantas medicinais para transtornos de ansiedade durante a pandemia de COVID-19 no Maranhão (Brasil)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.24862/cco.v19i2.1773

Resumo

Introdução: Os transtornos de ansiedade são considerados um dos principais problemas de saúde mental dos brasileiros e a pandemia de covid-19 veio acentuar essa problemática, desencadeando um aumento da prevalência de agravos psíquicos e do uso de plantas medicinais, para amenizar sintomas de ansiedade. Objetivo: Realizar um estudo etnodirigido sobre plantas utilizadas pela população do Maranhão durante a pandemia de covid-19 para promoção, prevenção e/ou tratamento de transtornos de ansiedade. Metodologia: Foram aplicados questionários na população do Maranhão, com idade igual ou acima de 18 anos, no período de 2021 a 2022, com variáveis socioeconômicas e de uso de plantas medicinais para transtornos de ansiedade. Resultados: Foram entrevistadas 406 pessoas, sendo a maioria do gênero feminino (72%), com 18-25 anos (65%), renda de 2 a 3 salários mínimos (33%), sem comorbidades (94%) e com algum tipo de sintoma de ansiedade (71%). Na recuperação dos transtornos de ansiedade, 84% relataram não empregar plantas medicinais, nem de forma isolada (84%) nem associadas a medicamentos, fitoterápicos ou sintéticos (91%). Dentre os que utilizaram plantas medicinais, a maioria empregou folhas (57%), in natura (58%), na forma de infusão (66%). Nossa pesquisa mostrou que 77% tiveram melhora dos sintomas ao utilizarem as plantas e 10% apresentaram reação adversa. Foram mencionadas 48 espécies, sendo as mais citadas Matricaria chamomilla L. (20,53%), Melissa officinalis L. (18,92%) e Cymbopogon citratus D. C. (11,07%). Conclusão: Apesar do maior número de citações de espécies reconhecidas cientificamente como ansiolíticas é necessário a validação desse saber tradicional das demais espécies.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

2024-07-31

Edição

Seção

Artigos Originais