A persistência do conceito de incapacidade laborativa nas perícias médicas judiciais para a concessão do benefício de prestação continuada à pessoa com deficiência

Autores

  • Emanuela Nascimento Neves Faculdade de Ciências Socias Aplicadas - FACISA
  • Marcos Farias Pestana Faculdade de Direito de Vitória
  • Emanuel Vieira Pinto Universidade Paulista

DOI:

https://doi.org/10.24862/rcdu.v16i2.2270

Resumo

O presente artigo científico tem como foco a exposição crítica da manutenção do conceito de inaptidão laborativa na avaliação médica judicial que tenha como objeto a concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC) a pessoa com deficiência. A problemática centra-se na inspeção pericial com parâmetros estritamente clínicos e biomédicos, em desacordo com a descrição normativa contemporânea de impedimento de longo prazo, instituída pela Lei nº 13.146, de 2015, que adota o modelo biopsicossocial e reconhece a desigualdade de oportunidades como elemento primordial. Nesse contexto, buscou-se responder à seguinte questão: em que medida a aplicação persistente do critério de incapacidade para o trabalho nas perícias médicas judiciais contrasta com a definição legal de pessoa com deficiência e influencia o reconhecimento do direito ao BPC? O objetivo geral consistiu na exposição dos efeitos dessa conjectura e os específicos concentraram-se em resgatar a evolução histórica da Assistência Social no Brasil, contextualizar os requisitos para o acesso à benesse assistencial continuada e refletir sobre as práticas periciais à luz do ordenamento atual. Para tanto, a metodologia está consubstanciada na pesquisa bibliográfica, documental e empírica, com uma ótica qualitativa, fincada em artigos científicos, monografias e livros, bem como documentos periciais de casos concretos. Os resultados apontam a necessidade de readequação das análises médicas processuais, a fim de assegurar o efetivo acesso à proteção social.

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Biografia do Autor

Emanuela Nascimento Neves, Faculdade de Ciências Socias Aplicadas - FACISA

Graduanda em Direito pela Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas – FACISA, Itamaraju/BA.

Marcos Farias Pestana, Faculdade de Direito de Vitória

Mestrando em Direitos e Garantias Fundamentais no Programa de Pós-graduação da FDV - Faculdade de Direito de Vitória. Especialista em Direito de Família e Sucessões (2021) e Direito Previdenciário (2023) pela Faculdade UNYPUBLICA. Bacharel em Direito pela FACISA - Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas (2020) e licenciado em Letras Português e Inglês pela UNIP - Universidade Paulista (2022)

Emanuel Vieira Pinto, Universidade Paulista

Mestre em Gestão Social, Educação e Desenvolvimento Regional, pela Faculdade Vale do Cricaré - UNIVC (2012 -2015). Especialista em Docência do Ensino Superior Faculdade Vale do Cricaré. Graduado em Biblioteconomia e Documentação pela Universidade Federal da Bahia (2009). Graduado em Sociologia pela Universidade Paulista (2017-2020).

 

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Publicado

2025-10-13

Como Citar

Nascimento Neves, E., Pestana, M. F., & Vieira Pinto, E. (2025). A persistência do conceito de incapacidade laborativa nas perícias médicas judiciais para a concessão do benefício de prestação continuada à pessoa com deficiência. Revista Do Curso De Direito Do UNIFOR, 16(2), e252270. https://doi.org/10.24862/rcdu.v16i2.2270

Edição

Seção

Artigos